Todo mundo sabe que, quando consumido em excesso, o sal faz mal à saúde. Já falamos por aqui sobre os problemas causados pelo excesso do sódio presente no sal de cozinha e como usá-lo de forma saudável. Este tempero é um dos principais responsáveis por diversas doenças, inclusive a hipertensão arterial. Além disso, nos faz reter líquido e ficar mais inchadas. Mas isso não é motivo para renunciarmos a uma refeição saborosa.
O sal não é inimigo da nossa saúde, na verdade é a forma como usamos o sal no cozimento que é errada. Começar a preparação dos alimentos com uma pitada de sal, usando a ponta dos dedos e não uma colher, é a melhor forma de construir o sabor. Para você ter uma ideia, os franceses, conhecidos pela preparação dos melhores pratos na gastronomia, usam muito pouco sal porque consideram o insumo de boa qualidade e as técnicas para construção do sabor são levadas muito a sério, desta forma não é necessário abolir o sal da nossa vida, apenas devemos usá-lo ao nosso favor.
Agora, vamos mostrar que é possível reduzir o consumo de sal e ainda assim preparar refeições saborosas, listando algumas opções para a substituição do sal no seu dia-a-dia.
Foto: Banco de Imagem
Inicie reduzindo o uso de sal despejado diretamente na sua comida. É muito comum colocar sal na salada, por exemplo. Tente temperá-la apenas com azeite, limão ou algum molho caseiro. Se você está achando a comida muito sem gosto, seja forte, insista na ideia de não adicionar esse tempero. Aos poucos, seu paladar se acostumará com a mudança e em pouco tempo o sabor da comida estará agradável.
Outra dica é usar ervas frescas, elas tornam o aroma muito mais encantador. Assim como moer na hora da preparação. Quando compramos algo já moído, o verdadeiro sabor e perfume se perdem… Veja aqui algumas opções que você pode usar para temperar a sua comida:
Alho, cebola e gengibre
Esses ingredientes deixam o sabor de qualquer alimento mais delicioso e, além disso, são excelentes para a saúde, até mesmo prevenindo certos tipos de câncer. O alho deve ser usado no início da preparação, mas nunca deve ser colocado junto com a cebola na panela. A cebola precisa de muito mais tempo para cozinhar do que o alho. Como ela tem muita acidez, o ideal é picá-la com uma faca bem afiada (nunca uma faca de serrinha), esquentar uma panela com um fio de azeite e, então, colocar a cebola. Quando ela ficar transparente, aí o alho pode ir para a panela.
Além de deixar os pratos muito mais saborosos e combinar com diversos alimentos, o alho tem ação anti-inflamatória, hipotensora, vasodilatadora e sudorífera. A cebola realça o sabor dos alimentos e também melhora a circulação sanguínea. Já o gengibre como tempero realça o sabor de caldos, sopas e cozidos, sendo descartado no final do cozimento. O gengibre tem ação digestiva, diurética, antitrombótica, antidepressiva, antisséptica. Ele funciona como estimulante da circulação geral e cardiovascular.
Pimenta, limão e hortelã
A pimenta ajuda na redução do colesterol no sangue, melhora o sistema imunológico, auxilia na digestão, na eliminação de bactérias nocivas ao organismo e na circulação sanguínea. O limão é um excelente tempero para saladas e peixes. Ele aumenta as defesas do organismo, facilita a digestão e regula a absorção de açucares pela presença de fibras solúveis.
A hortelã deixa qualquer comida ainda mais cheirosa, além de ter ação analgésica, estimulante, antioxidante, expectorante.
Folhas e ervas
Evite os temperos e os caldos comerciais, se comprar algum confira que tenha pouco sal. Além disso, você pode fazer pratos com ingredientes que por si só já contenham um pouco de sal como o queijo e vegetais como os brócolis ou o espinafre.
Manjericão
Essa é a erva que dá todo o toque especial nos molhos vermelhos, na salada ou outros pratos. Ela consegue acalmar os espasmos da digestão e ajuda no bom funcionamento do sistema cardiovascular. O manjericão pode ser utilizado em molhos para massas, sopa de legumes, tomates, carnes, frangos e peixes. É antiviral, auxilia no tratamento de cataratas, diabetes, câncer, antibiótico, acelera a cicatrização da pele, protege contra desconfortos intestinas.
Alecrim
Sopas, arroz, carnes vermelhas ou peixes. Tudo fica mais gostoso e perfumado com essa erva. Ela combate o vírus da gripe e previne doenças nos olhos e nos rins. De sabor intenso, não se deve usar muito da erva na preparação da comida. Se usado num assado no forno, como uma batata que será coberta por papel alumínio, basta um ramo no meio da fôrma, retirando-o quando elas estiverem assadas. O vapor vai criar o sabor, por isso o ramo não precisa parar no prato de quem vai comer as batatas. Dentro do molho, um ramo também basta.
Salsinha
A salsinha deixa os pratos mais coloridos e alegres, mas também tem ação digestiva, combate cólicas menstruais e ainda é indicado para infecções urinárias e problemas renais.
Coentro
Nem todo mundo gosta do sabor do coentro, mas esse tempero pode fazer muito bem à saúde. O coentro melhora a digestão e previne flatulências. Ele também é fonte de magnésio, que ajuda no bom funcionamento do sistema nervoso central e fortalece os ossos, além de ser fonte de vitaminas A, C e do complexo B. O ideal é que o coentro seja acrescentado apenas na finalização dos pratos, já que o calor interfere no paladar.
Orégano
Apesar de amado no Brasil, o orégano é indispensável na culinária italiana, portanto, use em molhos. Outra sugestão de consumo é incluí-lo na tapioca e na omelete. Colocar uma pitadinha de orégano na salada, no macarrão ou no sanduíche deixa o sabor mais gratificante, mas não exagere.
Outros Tipos de Sal
Sal rosa do Himalaia
É sal, mas é considerado mais saudável que o sal de cozinha por conter menos sódio e ser menos refinado. Pode ser usado de forma moderada ou por aqueles que estão na transição de diminuição do sal na alimentação.
Ele é rosa por acumular 84 minerais em sua formação, um processo natural que enriquece os cristais de sal. Para um efeito comparativo, cada 1g do Sal do Himalaia tem 230mg de sódio (o refinado tem aproximadamente 400 mg). É capaz de melhorar a capacidade de absorção de nutrientes do organismo, eliminar toxinas, regular o pH natural do corpo, normalizar a pressão sanguínea e melhorar a circulação.
Sal marinho
Assim como o sal rosa, o sal marinho melhora a absorção dos nutrientes, regula o pH, normaliza a pressão, melhora a circulação e elimina toxinas. Também é rico em minerais essenciais ao bom funcionamento orgânico.
O sal do mar, ou sal marinho é seco naturalmente, ao sol. Não passa por nenhum processo e contém quantidades microscópicas de vida marinha e claro, iodo natural. É de coloração menos branca e levemente mais úmido. Tem um sabor mais forte e é menos utilizado em receitas de cozinha, apesar de proporcionar o mesmo efeito do sal refinado. Logo, se comparamos as características de cada tipo de sal, perceberemos por que o sal marinho é mais saudável para a ingestão diária.
Esse sal é obtido por meio da evaporação da água do mar. Geralmente ele possui cristais maiores do que os do sal de cozinha. Ele é considerado uma alternativa mais saudável que o sal de cozinha por não passar por nenhum processo de refinação, mantendo diversos minerais em sua composição que são benéficos para o nosso organismo. No Brasil, é o tipo de sal mais comum e barato.
Gersal
Adicione ao arroz, legumes ou saladas. Para prepará-lo, misture quatro colheres de chá de semente de gergelim torrado com duas colheres de chá de sal marinho grosso. Triture e guarde em um pote fechado.
Sal defumado
Há vários tipos de sal defumado. Pode ser feito defumando o sal bruto por meio da madeira (de barris de vinho, aromática de cerejeira e carvalho ou perfumada com corantes de caramelo). Quando é produzido com o sal marinho puro e de alta qualidade, os benefícios são os mesmos do sal marinho. Mas é importante ficar alerta: muitas empresas vendem sal defumado feito à base de sal grosso comum, que não é tão benéfico.
Sal light
Em comparação ao sal refinado, conta com um teor menor de sódio, mas passa pelo mesmo processo de refinamento do sal branco e é tão maléfico quanto ele, embora seu sabor seja muito particular.
Criado para ser uma opção mais saudável que o sal comum. Esse sal possui menos da metade de sódio encontrado no sal de cozinha refinado, cuja composição é de 50% cloreto de sódio (NaCl) e 50% cloreto de potássio. É mais vantajoso para pessoas que sofrem de hipertensão ou que retêm líquidos, mas deve ser evitado em caso de uma possível doença renal pela presença de potássio. O sal light deve ser utilizado na mesma quantidade que o sal comum para não perder sua vantagem de possuir menos sódio. Seu sabor é mais suave e, para alguns, pode ser um pouco amargo.
Sal kosher
Esse sal tem seu nome devido ao uso em preparar a carne kosher (preparada de acordo com leis judaicas). Ele não é refinado, sendo de formato irregular e maior do que o sal de cozinha. Devido a suas propriedades, esse sal consegue secar melhor o sangue das carnes, sendo um dos preferidos dos chefes por causa do seu sabor sem aditivos.
Sal negro
Também conhecido como Kala Namak, é obtido na região central da Índia em reservas naturais. Além da cor diferente, o sabor não é muito comum, lembrando o de gema de ovo. Possui uma textura crocante e é muito solúvel, sendo muito popular para receitas vegetarianas para molhos, saladas e massas.
Nunca esqueça, consulte sempre sua nutricionista!
Bjo! Li.
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